Com um talento que atravessa géneros musicais, Michael Lauren é conhecido e reconhecido internacionalmente como um dos génios universais da bateria. Domina vários estilos musicais e acredita que, embora as regras sirvam para ser quebradas, é fundamental conhecer a fundo os parâmetros do estilo que está a tocar.
Nascido em Nova Iorque, a 16 de janeiro de 1950, Michael Lauren toca bateria desde os oito anos de idade. A sua competência artística atravessa as fronteiras do jazz, funk, blues, rock e música clássica. Obteve um Bachelor of Arts na Johns Hopkins University e frequentou o Peabody Conservatory e o Berklee College of Music. É membro fundador da escola de música de renome internacional Drummers Collective NYC, onde lecionou mais de 25 anos.
“Naquela altura” – afirma em entrevista à Expressing Music - “não havia nenhuma escola que apenas ensinasse bateria e percussão em Nova Iorque. A ideia era criar uma atmosfera única onde os estudantes pudessem ter aulas com os melhores bateristas/percussionistas de Nova Iorque que gostassem de ensinar. A nossa missão era transmitir a informação real, que possuíamos e de que os nossos estudantes necessitavam se quisessem tornar-se bateristas de sucesso no mundo da música altamente competitivo de Nova Iorque. A Drummers Collective definiu o padrão para a educação da bateria em todo o mundo e o que fazíamos passou a ser seguido em todas as escolas de bateria que abriram as suas portas após a nossa".
Hoje, Michael Lauren é docente de bateria e Coordenador do Departamento de Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Chegou definitivamente ao Porto em 2003. Anos antes tinha visitado o país de férias (seguindo o conselho de um dos estudantes portugueses que estudava na Collective) e voltou duas vezes para dar workshops (incluindo dois na ESMAE). Rapidamente surgiu o convite do então Coordenador do Departamento de Jazz da ESME para vir para Portugal com o objetivo de assumir o cargo de docente de bateria.
“Entretanto passaram 14 anos", comenta, "e durante esse período de tempo, tenho tido a sorte de trabalhar com um grupo maravilhoso de bateristas dedicados, talentosos e trabalhadores”.
Sobre a mudança da irrequieta Nova Iorque para a cidade do Porto declara que foi o lugar certo, na altura certa. Na verdade, conclui, “foi uma oportunidade para fazer algo especial por um país que eu passei a amar”.