O projeto Cdots Biosensing COVID-19 está a ultimar a criação de um biossensor (teste) para detetar o vírus SARS-CoV-2 em indivíduos suspeitos de infeção pela COVID-19. Este sistema portátil vai detetar o novo coronavírus em, aproximadamente, 20 minutos (desde a recolha da amostra à deteção), será mais barato que os atuais testes com recurso ao PCR (Polymerase Chain Reaction) e não vai requer o envolvimento de pessoal especializado.
Parte do desenvolvimento deste protótipo será feito pelas entidades académicas e a validação do teste será feita nos Centros Hospitalares. Os investigadores estão já a iniciar os preparativos para o desenvolvimento do protótipo do biossensor que poderá vir a integrar a Rede Nacional de Diagnóstico de SARS-CoV-2 e outros laboratórios de diagnóstico certificados para o efeito.
Este dispositivo inovador, desenvolvido em consórcio, envolve o Instituto Superior de Engenharia do Porto | ISEP, escola de Engenharia do Politécnico do Porto, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a REQUIMTE – Rede de Química e Tecnologia, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes Alto Douro e o Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, e é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia em 30.000 euros.
O projeto está entre os dez finalistas para o prestigiado prémio Manuel António da Mota que, nesta 11.ª edição, vai evidenciar as instituições que se destaquem no combate à crise epidémica e às suas consequências nas diversas áreas da sociedade. Este prémio distingue a importância e o impacto que os projetos têm na comunidade, na promoção de uma sociedade mais justa, coesa e solidária.