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Publicado em: 16 Março 2022

P.PORTO desenvolve máscara inteligente

A ESS, escola de Saúde do Politécnico do Porto, está à frente do projeto Smask de criação de uma máscara com biossensor colorimétrico

A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de utilização de máscaras sociais para evitar a propagação do vírus, uma exigência que ainda se prolongará, não existindo à data "nenhuma máscara de proteção que dê indicações específicas sobre o seu potencial de proteção ao longo do período de utilização", afirma, na mais recente newsletter do Compete, Mónica Vieira, professora-adjunta da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto e responsável do projeto Smask - Smart Mask with colorimetric biossensor for SARS-CoV-2 contamination and humidity.

Sabemos que a eficácia das máscaras depende do tempo de utilização, quantidade de humidade e contacto com agentes infecciosos. No caso particular da situação atual, importa perceber se estes equipamentos filtram com qualidade e se estão em contacto com o vírus SARS-CoV-2, principalmente em atividades que requerem a utilização destes equipamentos por períodos de tempo bastante alargados e/ou com risco de exposição ao vírus elevada, como profissionais de saúde, funções de atendimento ao público, motoristas de transportes públicos, etc, em que nem sempre o utilizador tem perceção da qualidade de proteção fornecida.

O Smask consiste num biossensor colorimétrico, incorporado numa superfície têxtil, que seja capaz de conferir uma indicação direta da capacidade de proteção das máscaras, tanto de nível 2 como de nível 3. O objetivo é que "dê ao utilizador informação sobre a capacidade de filtração do equipamento, com um sensor de humidade; e do estado de contaminação, com um sensor de existência de contacto com o vírus SARS-CoV-2", explica Mónica Vieira.

Para isso, os investigadores estão a usar nanopartículas de ouro utilizadas para detetar o vírus, que são depois incorporadas numa superfície têxtil. Já para a monitorização do nível de humidade no tecido está a ser trabalhado "um biossensor baseado em substâncias higroscópicas , capazes de absorver água".

"Este tecido inteligente será adicionado às máscaras de proteção na forma de etiqueta e possibilitam, de forma simples, apenas pela mudança de cor, indicação ao utilizador sobre a eficácia e proteção. O utilizador não terá, assim, que ter conhecimentos diferenciadores ou qualquer tipo de formação específica para conseguir avaliar o estado de eficácia da máscara que utiliza, tornando esta máscara de proteção respiratória mais eficiente, segura e passível de ser utilizada por qualquer indivíduo, no desenvolvimento de qualquer atividade", destaca a responsável do projeto.

O Smask conta com um incentivo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) na ordem dos 135 mil euros, e tem como parceira a Clothius, especialista em tricotagem do grupo Valérius.

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