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Publicado em: 14 Dezembro 2020

P.PORTO comemora 250 anos do nascimento de Beethoven

A efeméride será assinalada com o lançamento de um CD comemorativo e um recital interpretado pelo pianista Constantin Sandu

A 17 de dezembro de 2020 comemoraram-se os 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven. Para assinalar a efeméride, o Politécnico do Porto, através da sua editora Poli_fonia,  lança um CD dedicado a um dos mais geniais compositores de sempre.

O evento realiza-se no dia 17 de dezembro, às 18h30 na Sala Teresa Macedo na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), e pode ser acompanhado via streaming (link em baixo). A 21 de dezembro, o Teatro Helena Sá e Costa acolhe um recital de piano por Constantin Sandu, limitado à lotação da sala mediante confirmação prévia.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) é talvez um dos compositores mais influentes na história da música ocidental.  Se o relato canónico fez muito para romantizar Beethoven como o paradigma do génio furioso e maldito, desde a personalidade impulsiva, consciente da sua própria grandeza e em eterno conflito com as circunstâncias, às infelicidades no amor, Beethoven foi atingido pelo duro golpe de ser privado da audição.

A todas estas dificuldades e frustrações o compositor respondeu compondo obras de uma magnitude sem precedentes que começam de forma dramática e afligida, mas que, após um processo sofrido de luta e esforço, chegam à vitória. Nem todos os seus contemporâneos compreenderam esta música complexa, intensa, estranha e desproporcionada, mas para muitos, especialmente o mais jovens, era a própria encarnação de uma nova sensibilidade, aquilo que Hoffmann descreveu como "a essência do Romantismo". Ainda em vida, criou-se o mito de que estaria à frente do seu tempo e o mito realizou-se porque, de facto, o futuro deu-lhe razão.

Beethoven tornou-se a personificação ideal da afirmação de um humanismo individualista e a substituição de uma estética do belo por uma estética do sublime. A sua música já não funciona como um ornamento convencionalmente agradável para a vida, mas é um objeto inquieto cuja apreciação exige esforço e a recompensa não é simplesmente o prazer imediato, mas a elevação transcendente, a iluminação do espírito.

Pensar hoje Beethoven, passados 250 anos do seu nascimento, é o assunto trazido pelo trabalho apurado de Constantin Sandu e expresso em CD, objeto este a partir do qual podemos afirmar, como declara Mário Azevedo, músico e professor na ESMAE, “ficamos, hoje, em melhores condições para podermos aceder ao passado, não por este se ter tornado um elemento já adquirido e inquestionável, mas, sobretudo, por constituir a oportunidade de compormos sobre ele uma imagem dialética entre o hoje, o ontem e o amanhã”.

Para Mário Azevedo, este registo discográfico dedicado a Beethoven não pertence ao mundo da necessidade. “Chega-nos vindo do universo da liberdade que muito justamente Sandu conseguiu por lhe ter dedicado uma vida inteira de trabalho.”

Sonata n.º 8 em Dó menor, Op.13 “Pathétique” (1799)

Grave - Allegro di molto e con brio
Adagio cantabile
Rondo. Allegro

Sonata n.º 14 em Dó # menor, Op. 27 n.º2 “Quasi una Fantasia” | “Moonlight” (1801)

Adagio sostenuto
Allegretto – Trio
Presto agitato

Sonata n.º 23 em Fá menor, Op. 57 “Appassionata” (1805)

Allegro assai
Andante con moto
Allegro ma non troppo – Presto

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