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Publicado em: 08 Outubro 2020

Joel Cleto nas Conferências do Politécnico

As Conferências do Politécnico do Porto regressam no dia 20 de outubro, num espaço emblemático da cidade: a Casa das Artes

A nova edição das Conferências do Politécnico - Ciência, Educação, Cultura e Sociedade, iniciativa da Presidência do Politécnico do Porto, está marcada para o dia 20 de outubro com uma conferência intitulada Nos 200 anos da Revolução Liberal. 13 anos depois, o Cerco do Porto e o definitivo triunfo. A conferência começa às 21h30 e realiza-se na Casa das Artes – Direção Regional de Cultura do Norte, no Porto.

No âmbito do Programa de Comemorações dos 200 anos da Revolução Liberal do Porto, que conquistou o país e ajudou a fundar o Portugal Moderno, Joel Cleto — historiador, docente e apresentador, desde 2006, do programa Caminhos da História do Porto Canal, desafia-nos a refletir sobre o rescaldo do famoso Cerco do Porto, episódio capital das Guerras Liberais, que marcam o momento em que "acaba o velho Portugal e começa o novo", na expressão lapidar de Almeida Garrett.



Nos 13 meses que durou o Cerco do Porto, e na guerra civil no qual se enquadra, digladiaram-se dois irmãos – D. Miguel e D. Pedro – e os seus exércitos, manifestando dois ideais antagónicos de sociedade. O primeiro tinha do seu lado os que procuravam manter o antigo regime absolutista que entendia que o rei era escolhido por desígnio divino e que só ao monarca cabia o poder; do outro, os que, por inspiração das ideias liberais que varriam a Europa desde as revoluções americana e francesa, defendiam como princípios basilares a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Para eles, o rei era mandatado pelo conjunto da sociedade, não por Deus, cabendo-lhe um papel de mediador.


O cerco durou 13 penosos meses deixando a cidade completamente arruinada. Foram tempos de horror e carnificina. A peste, a fome e a guerra provocam horríveis destroços nos habitantes do Porto. O cerco termina, como é sobejamente conhecido, com a vitória dos liberais e a aclamação de D. Maria II, como Rainha de Portugal.


As diferentes conferências apresentadas, que foram dinamizadas por individualidades nacionais, cuja intervenção no espaço público e no âmbito destas temáticas, é unanimemente reconhecida — referimo-nos a Alexandre Quintanilha, Carlos Fiolhais, João Paulo André, Luís Portela, Isabel Pires de Lima, João Miguel Gonçalves ou João Salazar Leite —, proporcionaram um diálogo entre múltiplos saberes, uma partilha de conhecimento e um cruzamento de experiências distintivas nos domínios da ciência, da educação e da cultura em sociedade. Proporcionaram, sobretudo, a criação e abertura de um espaço de saber transdisciplinar crítico e de interesses múltiplos comuns às diferentes unidades orgânicas do Politécnico do Porto.

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