A caminhada até à magistratura é sempre longa e complexa. Que o diga Mónica Monteiro, alumni da Escola Superior de Tecnologia e Gestão | ESTG do Politécnico do Porto e agora juíza de Direito.
O gosto pela área jurídica surge ainda no liceu e “desde então, todo o meu percurso académico foi realizado nesta área”. Quando ingressou na Licenciatura em Solicitadoria na Escola Superior de Tecnologia e Gestão | ESTG, Mónica ponderava já concorrer à magistratura: “Ambicionava primeiro estabelecer-me como Agente de Execução e só depois de alcançar alguma estabilidade profissional, prosseguir para a Licenciatura em Direito e demais formação académica necessária para o acesso à Magistratura.”
Em 2018, Mónica concorreu ao Centro de Estudos Judiciários (CEJ), onde realizou dois anos de formação teórica e prática. Com a aprovação nas concorridas provas de aptidão, conseguiu o ingresso na Magistratura Judicial em julho deste ano. Para trás fica a conclusão da licenciatura em Solicitadoria na ESTG, a licenciatura em Direito na Universidade Lusófona do Porto e, posteriormente, a conclusão do Mestrado em Direito Judiciário pela Universidade do Minho.
Na Licenciatura em Solicitadoria, Mónica diz que recebeu “as bases e conhecimentos fundamentais para o exercício de profissões jurídicas contribuindo muito para o sucesso dos exames de acesso à Magistratura." A agora magistrada declara ainda que o facto de a licenciatura ser muito completa e abordar tanto as matérias mais tradicionais como as menos nas licenciaturas da área, "proporcionou-me um espectro muito abrangente de conhecimento dos diversos regimes do nosso ordenamento jurídico, crucial para quem pretende exercer funções de magistrado.”
Durante todo este percurso, o tempo de Mónica foi contado ao segundo. “Muito trabalho, resiliência e organização!”, é o segredo identificado para este percurso de excelência “nem sempre fácil, sobretudo para quem gosta de dar o máximo em tudo o que faz".
"Muitas vezes o tempo para estudar era escasso", recorda, "os dias de trabalho iniciavam de manhã cedo e as aulas terminavam quando era já noite cerrada. Mas no final - conclui, "todo este esforço e método foi recompensado".
Relativamente ao futuro, Mónica perspetiva anos desafiantes: “muito provavelmente serei colocada em tribunais distantes de casa, como acontece, aliás, com a generalidade dos magistrados que se iniciam na profissão, e as matérias que irão surgir ao longo dos tempos, exigirão um constante estudo e atualização de conhecimentos.”
Fica a certeza de que será um tempo gratificante e de muita evolução pessoal e profissional.