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Publicado em: 04 Dezembro 2017

Sistema tradutor Português/Língua Gestual vai ser instalado em todo o Brasil

A primeira fase da exportação do VirtualSign tem um financiamento superior a 400 mil euros.

Será desenvolvido, na sequência do convénio assinado entre o Politécnico do Porto e o Ministério da Educação do Brasil (MEC), um projeto de adaptação do sistema VirtualSign à língua gestual do Brasil (LIBRAS).

Paula Escudeira — professora do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e coordenadora do GILT, unidade de I&D dedicada às tecnologias de computação gráfica, interação e aprendizagem — é a responsável do projeto VirtualSign que foi desenvolvido inicialmente para a Língua Gestual Portuguesa (LGP).

Segundo a coordenadora do VirtualSign, o sistema desenvolvido converte texto em sinais, exibidos através dos movimentos de um Avatar, mas a parte mais inovadora do projeto é o uso de luvas com sensores e de um sistema de captação de movimento corporal que, em conjunto, permite que se identifiquem os gestos realizados por um surdo e, desse modo, traduzir tais gestos em texto. O acordo assinado pela Presidente do P.PORTO, Rosário Gambôa, e pela Secretária Nacional do MEC, Eline Nascimento, abriu portas para que este último passe a financiar o projeto de adaptação do VirtualSign no Brasil.

Carlos Ramos, Vice-Presidente do P.PORTO, explica a estratégia que foi montada para a entrada do sistema VirtualSign no Brasil. Segundo refere, foi necessário agregar dois parceiros importantes no Brasil: o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). O IFG e INES estão a colaborar para a introdução do dicionário de gestos da língua LIBRAS, usada no Brasil, no VirtualSign; e o IFG está a desenvolver uma luva de baixo custo que facilite o uso generalizado deste sistema. Depois foi importante usar uma rede que conseguisse ampliar o VirtualSign por todos os estados do Brasil (26 estados mais o Distrito Federal), tirando partido da Rede de Institutos Federais do Brasil que estão em 644 campus em todos os estados daquele país.

O projeto terá uma fase inicial onde o sistema será instalado em 50 campus, sendo previsível que passe depois para cerca de 200 ou 250 campus numa segunda fase e, finalmente, já numa terceira fase, será instalado em todos os campus. O financiamento da primeira fase do projeto, para a instalação em 50 campus, é superior a 400 mil euros.

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