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Publicado em: 03 Julho 2020

Investigador do P.PORTO em projeto sobre imunidade ao COVID-19

Rúben Fernandes, investigador do P.PORTO estuda resposta imunológica de doentes com covid-19 para evitar desfechos fatais

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) contemplou mais um projeto do Porto Research, Technology & Innovation Center | PORTIC, do Politécnico do Porto. O projeto liderado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), inclui ainda investigadores do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, do PORTIC e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) em conjunto com Centro Hospitalar de Vila Gaia/Espinho.

O projeto "iHIPI: Hiperinflamação e perfil imunológico dos doentes com COVID-19 no Centro Hospitalar de Vila Gaia/Espinho", foi distinguido na segunda edição da “call” RESEARCH 4 COVID19 com um financiamento que ascende aos 40 mil euros.

Esta equipa de investigação, composta por vários investigadores do PORTIC, FMUP e I3S é a mesma já tinha tido dois projetos aprovados pela mesma agência financiadora (FCT) na iniciativa Research4Covid sob a liderança do investigador do PORTIC Rúben Fernandes.

O projeto tem como objetivo compreender quais os mecanismos da imunidade do doente ao COVID-19 e descrever as potenciais associações entre o perfil imunológico e dados clínicos, de forma a estratificar o risco, a atuar preventivamente e a evitar desfechos fatais.

Nesse sentido, a equipa de investigação irá realizar uma avaliação multifatorial do perfil inflamatório e do perfil imunológico (IgM/IgG) de cerca de duas centenas de doentes internados e seus familiares, assim como profissionais de Saúde daquele hospital do Norte do país de forma a rastrear a presença ou exposição à infeção com o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

 No decorrer do projeto, a equipa de investigadores vai traçar o perfil inflamatório e o perfil imunológico, que além dos anticorpos que os doentes desenvolvem contra o vírus, também assenta em citocinas, isto é, "mensageiros químicos do sistema imune que produzem a inflamação".

"Embora a inflamação seja um mecanismo de defesa expectável no combate a agentes agressores, às vezes ocorre um desequilíbrio que leva a uma elevação das citocinas, ou seja, a hiperinflamação. Esta tempestade de citocinas pode levar à falência de vários órgãos e conduzir à morte. Portanto, o objetivo é traçar o perfil destes mensageiros", referiu Ruben Fernandes do PORTIC.

Segundo o investigador, a compreensão do perfil destes mensageiros químicos poderá ajudar a atuar preventivamente e evitar "o desfecho fatal", sendo que, por essa razão, a equipa vai debruçar-se sob 13 marcadores pró-inflamatórios.

Para a comunidade científica, este projeto é "mais uma pequena peça do puzzle", e que poderá vir a ajudar a "explicar partes do processo" relacionado com a covid-19.

Com um financiamento de 40 mil euros, este é um dos 55 projetos apoiado pela 2.ª edição da linha RESEARCH 4 COVID-19 que visa responder às necessidades do Serviço Nacional de Saúde e que na sua 1.ª edição apoiou 66 projetos.

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