No Dia Internacional da Mulher damos voz às mulheres que recriam e inovam, todos os dias, o espírito disruptivo e inquieto da casa que já as acolheu, o Politécnico do Porto.
Hoje conhecemos Sandra Sá, alumna da Escola Superior de Educação.
Nascida na cidade berço, onde iniciei o meu percurso académico, sempre sobre o olhar atento e carinhoso dos pais. Mas foi a rebeldia da minha paixão pelo desporto que me levou até ao ensino superior, no Politécnico do Porto, na ESE , variante Educação Física. Como a vida é feita de desafios, a área da moda, onde eu já trabalhava desde os meus 17 anos, desafiou-me a mergulhar naquela que intrinsecamente nasceu comigo: a comunicação. Comunicar com pessoas e para as pessoas é, incontestavelmente, a minha maior paixão, tanto enquanto Relações Públicas, já com várias centenas de eventos no currículo, como na área da televisão, enquanto apresentadora e produtora, com um percurso de dez anos na apresentação de programas no Porto Canal, passando depois pela MVM , ao qual se juntaram mais três anos na Novum Canal. Sempre com a comunicação na base de tudo.
Como mulher, qual a receita “mágica” para ultrapassar barreiras e quebrar preconceitos?
Não existe receita mágica, assim como não existe sorte sem muito trabalho! É incontestável a excelência das capacidades de uma mulher, que pelas suas características, possui uma elevada facilidade em atingir os seus objetivos. Existe melhor privilégio de que uma mulher ser tratada como mulher? Eu adoro essa diferença e faço questão de ser mimada como tal. Mas, necessariamente, temos de, diariamente, provar a nossa dignidade enquanto pessoas. Numa sociedade normalizada, como no caso da Europa, onde nos integramos, já não existem preconceitos em relação ao papel da mulher, mas sim a total convicção de que homens e mulheres têm necessariamente de demonstrar capacidades e competências na garantia da qualidade da sua atuação.
Qual é para si o papel da mulher dos dias de hoje?
Hoje, e desde sempre, o papel da mulher está na génese do mundo, na criação do ser, com a responsabilidade de, depois da gestação, acompanhar na educação do mundo. O papel da mulher é, mais do que nunca, criar maior leveza, beleza e sensibilidade em todos os aspetos da nossa sociedade.
Como podem contribuir as instituições de ensino superior para capacitar as mulheres a fazerem o que querem?
A maior contribuição que todas as Instituições de Ensino Superior podem oferecer aos seus formandos é o acesso à melhor das formações. Uma formação integrada, ao nível intelectual e ao nível do conhecimento, tornando-as o mais capacitadas possível para a exigência do mundo empresarial.
Qual a diferença entre as lideranças feminina e a masculina nos dias em que vivemos?
As características de homens e mulheres no que concerne a liderança são diferentes, mas são essas diferenças que permitem atingir lideranças perfeitas.
A mulher pode ser um gerador de mudança? Em que área considera o seu papel mais importante — negócio, empreendedorismo, liderança?
Sim, a mulher pode e deve ser um gerador de mudanças, de mentalidades e posturas, pois o amor, a doçura e a sensibilidade são características muito femininas. E, em qualquer destas áreas, a mulher pode e deve ter um papel determinante, no formato, na garra e na leveza de um negócio, empreendedorismo e liderança.
O que pensa quando se fala de “empoderamento feminino”?
As mulheres são altamente empreendedoras, determinadas e resilientes. Estas características são determinantes para atingir os fins a que se propõem.
Acredita que a sociedade está a evoluir no que concerne à igualdade de género?
O poder de uma mulher plena é incontestável! E se o mundo evolui na razão, contestar esse poder na desigualdade de género não seria evolução.
Que mensagem quer partilhar no dia de hoje.
Não é a rivalidade que nos enaltece, mas sim a doçura de um sorriso, a nossa arma que derrete glaciares. Temos de ser exigentes para aceitar no mínimo, o melhor!
Gabinete Alumni do Politécnico do Porto
Marisa Barroca
E. gabinetealumni@sc.ipp.pt
T. 225 571 000
