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Publicado em: 27 Janeiro 2023

António Saiote condecorado na Presidência da República

O músico e docente da ESMAE vê a sua carreira reconhecida por "serviços relevantes a Portugal, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa"

António Saiote foi ontem, dia 26 de janeiro, condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

"É uma grande honra e uma grande responsabilidade", referiu, no final da cerimónia, ao Gabinete de Comunicação e Imagem do P.PORTO, mostrando-se orgulhoso e lisonjeado com a distinção atribuída pela mais alta figura do Estado.

António Saiote foi, assim, reconhecido com a condecoração que distingue individualidades que prestaram serviços relevantes ao país, em Portugal ou no estrangeiro, "na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores".



Com uma carreira com mais de 50 anos, 30 como solista, António Saiote ajudou a escrever a história do clarinete em Portugal. O docente da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) estreou dezenas de obras em Portugal, atuou em mais de 30 países, foi jurado em prestigiados concursos, formou inúmeros clarinetistas, quase todos com carreiras notáveis.

Em 2014, a International Clarinet Association (ICA) atribuiu-lhe o Prémio Carreira por todo o trabalho que tem feito pelo clarinete, especialmente como mentor e intérprete. A mesma ICA, em 2021, tornou António Saiote seu membro honorário. "Ser membro é como receber o Pritzker" do clarinete, aludiu na altura.

Nascido em Loures, em 1960, cidade que lhe viria a atribuir a Medalha de Honra do Concelho, já era solista na Orquestra Sinfónica Juvenil de Portugal com apenas 13 anos. Terminou o curso do Conservatório Nacional com 20 valores, em 1979. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian, em Paris e Munique, onde obteve o Meisterdiplom com distinção. Foi solista na orquestra do Teatro Nacional de São Carlos e na Régie Sinfónica, onde era o único solista português. Durante 11 anos foi membro do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa com Jorge Peixinho. Desde 1998 desenvolve, paralelamente, uma profícua carreira de maestro, tendo dirigido todas as orquestras portuguesas, bem como orquestras em Espanha, Venezuela, França e Alemanha. Atuou ou ensinou em mais de trinta países na Europa, Ásia, América e África.

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