Quais as consequências das relações sexuais desprotegidas? Que riscos estão associados à partilha escovas de dentes, lâminas de barbear/depilar, agulhas, seringas e outros objetos que estejam em contacto com sangue? Tudo isto, e muito mais, debate-se, entre 27 a 28 de novembro, na Escola Superior de Saúde (ESS) do Politécnico do Porto.
As ações de sensibilização começaram dias 27 (manhã) e 28 de novembro (tarde), no Auditório da ESS, seguindo-se rastreios gratuitos e anónimos para todos os interessados em realizar o teste de deteção, a decorrer na Clínica Pedagógica da ESS e numa unidade móvel de rastreio.
Esta iniciativa realiza-se no âmbito da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, sendo o Politécnico do Porto entidade integrante no consórcio Porto, Cidade Sem Sida, uma iniciativa que visa reduzir o estigma de infeção pelo VIH e atingir a discriminação zero, através do cumprimento das metas definidas pela ONU.
A infeção por VIH/SIDA constitui um importante problema de saúde pública na Europa e em Portugal. Uma das questões prementes que se verifica e importa dar especial atenção prende-se com o facto da incidência do VIH nas grandes cidades ser muito superior quando comparada com outras áreas do país, sendo que o número de novos casos de VIH nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representa cerca de dois terços do número de novas infeções em Portugal.
Henrique de Barros, coordenador científico e técnico do Plano de Ação da Estratégia Porto, Cidade Sem Sida, observou que, na cidade, “os valores do diagnóstico [da doença], por ano e por 100 mil habitantes, são quase o dobro da média nacional”. Atendendo ao papel relevante na resposta à infeção pelo VIH, as cidades encontram-se em posição privilegiada para liderar as ações, acelerando a resposta ao VIH e atingir as metas 90-90-90.
Só há uma maneira de saber, mas muitas maneiras de combater. Previne-te.
