Em foco está um homem e uma mulher, fragmentos da vida de um casal numa atmosfera doméstica que não é triste nem alegre porque é as duas coisas ao mesmo tempo.
São um casal fora da pauta, duas personagens muito acordadas. Vivem num auto interrogatório sobre o que é existir e para que se existe nesta selva brutal que é viver. Vêem-se do avesso, sem os pequenos privilégios de se viver sem consciência, a um pé do precipício, da loucura. Vivem uma calma aparente que esconde uma carga emocional prestes a irromper a qualquer momento.
Dois
Texto de Carmén Mesa, encenação de André Sobral, interpretação de Carmén Mesa e Pedro Baptista.
miguel.carvalho@sc.ipp.pt
Partilhar