Nascido em 1959, na freguesia de Massarelos, Porto, Mário Jorge tem um longo percurso ligado à Escola Superior de Saúde (ESS), ainda esta não pertencia ao subsistema politécnico. Começou na então designada Escola Técnica de Saúde, em 1986, a trabalhar na reprografia. Atualmente trabalha como motorista da ESS.
Um problema oncológico afastou-o durante um ano da Escola e, quando voltou, "porque queria ver o meu filho a crescer", trabalhou para o Departamento Audiovisual. Foi ainda nas antigas instalações da BIAL, que o professor Rui Nunes o convidou para motorista da Escola, que acumulou com as funções de coordenador do pessoal auxiliar. Conhece todos os rostos da instituição e todos o reconhecem. Com carinho. À exceção daquele ano ameaçador, nunca parou: "Estive sempre a trabalhar. Cheguei a tirar um dia de férias para fazer quimioterapia."
"Quem souber trabalhar não tem de ter medo de nada."
Hoje, ultrapassada a violência de dois cancros, de ver o filho — "o meu orgulho" — formado e com mérito, Mário Jorge considera-se menos um sobrevivente e mais um lutador.
