Apelos de Silêncio: Corpo, Arte, Invisibilidade

Motivado pelo desejo de pensar diferentemente o corpo, as artes, a visão e os seus limites na reconsideração de alguns lugares da tradição estética e filosófico-literária a partir das artes do visível (no seguimento do necessário desafio da visualidade das chamadas artes visuais, a partir da escrita, do traço, da différance [Cf. Penser à ne pas voir, 7-8], este seminário apresenta-se sob o título Apelos de silêncio: Corpo, Artes, Invisibilidade.

Por apelos de silêncio, e na sua inflexão plural, tratar-se-á de sublinhar o silêncio como reduto da/na palavra; o invisível como travessia da/na imagem; o irrepresentável como limite e (im)possibilidade da representação.

Tentar-se-á escutar o apelo pluralizado dos pensamentos de Jacques Derrida, de Jean-Luc Nancy, de Emmanuel Levinas, de Philippe Lacoue-Labarthe, ou ainda de David le Breton, Michel Maffesoli e Alain Corbin, no modo como desafiam o primado hegemónico da visão e da visibilidade, a autoridade do olhar, do theôrein, da abordagem eidética e aletheiológica nos discursos sobre as artes, a criação e a fruição artística, considerando como prováveis alguns locais de errância.

Convocam-se, ainda, as poéticas sob desígnios interpretativos e exegéticos através dos contributos autorais e investigativos da filosofia, literatura, pintura e desenho, música, teatro, dança e performance, assim expandindo as esferas trabalhadas na primeira edição deste seminário, realizada a 7 de abril de 2016.

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